Curiosamente ou não, o criador de Critical chama-se Jed Mercurio, roteirista de sucesso na Inglaterra, que começou sua carreira escrevendo na série médica inédita no Brasil, Cardiac Arrest (Ataque Cardíaco), nos anos 90. Mesmo sendo responsável por outras séries de ação como Strike Back e Line of Duty, Jed voltou ao drama médico, mas com uma pegada pra lá de pesada.

O motivo é que não existe nenhum caso fácil dentro dos 13 episódios da série que, mesmo intensa, não agradou o público inglês, sendo cancelada em sua primeira temporada. Todos os pacientes que dão entrada na Unidade de Trauma do Hospital Geral da Cidade, está com a vida por um fio. É para lá que chega o dr. Glenn Boyle, interpretado pelo fantástico Lennie James, de The Walking Dead. Abalado psicologicamente por não conseguir salvar um colega, morto durante um ataque no Afganistão, Glenn volta disposto a arriscar tudo para salvar vidas, mesmo que isso seja encarar sua antiga paixão, a Dra. Fiona Lomas (Catherine Walker, de Strike Back).

Lennie James como dr. Glenn

Mas esse é o menor dos dramas que acontecem em Critical. Cada caso recebido, o cronometro da Unidade é disparado para que Glenn possa ter uma exata noção do tempo que estão tentando salvar aquela vida. Graficamente, cada caso é um exemplo de criatividade do departamento de efeitos especiais. Não só pela proximidade que os corpos operados tem com os da vida real, mas o visual arrojado que aproxima no publico do bisturi quando ele entra em ação.

Pra muita gente, Critical, que expressa o estado crítico do paciente quando chega à Unidade, pode ser muito desagradável visualmente. Mas ninguém pode negar a curiosidade meio mórbida que nos assola quando queremos saber como um paciente triplamente empalado vai conseguir sobreviver.

E bota curiosidade nisso...