Com mais de cem trilhas sonoras compostas para o cinema e para a TV, Lalo Schifrin descansou, segundo informou hoje seu filho e diretor Ryan Schifrin. Lalo nasceu em 21 de junho de 1932, em Buenos Aires, filho de Luis Schifrin, que foi spalla da Orquestra Filarmônica da capital argentina. O jovem músico estudo música clássica desde cedo, indo finalizar seu interesse pela música no começo dos anos 50 em París.

Além da música clássica, que o ajudou na composição de trilhas sonoras, Lalo trabalhou como pianista de jazz, em lendárias bandas com Dizzy Gillespie, Sarah Vaughan, Ella Fitzgerald, Stan Getz, Count Basie, Jon Faddis, James Moody, Louie Bellson e Kenny Burrell. Ele também esteve à frente da Sinfônica e da Filarmônica de Londres, a Orquestra Sinfônica de Viena, as Filarmônicas de Los Angeles, de Israel, do México, de Sydney e a Orquestra de Câmara do Lincoln Center.

Como compositor de trilhas, ele se destacou desde os anos 60, colocando seu estilo musical em filmes como A Mesa do Diabo (1965), Rebeldia Indomável (1967), Meu nome é Coogan (1968), e um dos clássicos dos filmes de ação policial, Bullit (1968), estrelado por Steve McQueen.

Ele também foi o responsável por momentos memoráveis nos anos 70 como Os Guerreiros Pilantras (1970), O Estranho que nós Amamos (1971), THX-1138 (1971), Perseguidor Implacável (1971) e todos os outros filmes com o personagem Dirty Harry, feito por Clint Eastwood, Operação Dragão (1973), O Exorcista (1974), e Terror na Montanha Russa (1976). Seus trabalhos nos anos 90, um dos destaques é a trilha da trilogia A Hora do Rush, estrelada por Jackie Chan e Chris Tucker.

Também na televisão, Lalo Schifrin entrou algumas memoráveis trilhas como O Agente da UNCLE (1965), Dr. Kildare (1965), Missão Impossível (1966), Mannix (1967), Centro Médico (1969), O Sexto Sentido (1972), O Planeta dos Macacos – a Série (1974), Petrocelli (1974), Bronk (1975), e Starsk e Hutch – Justiça em Dobro (1975).

Lalo Schifrin ganhou como pianista e maestro, quatro Grammys em 19 indicações ao longo de 40 anos de carreira. Entre as indicações ao Grammy, estão três vezes por seu trabalho na série Missão:Impossível. Um A Academia de Cinema o indicou pelas trilhas de Golpe de Mestre II, A Competição, Horror em Amityville, A Viagem dos Condenados, A Raposa e Rebeldia Indomável. Em 2019, o compositor recebeu um Oscar Honorário pelo conjunto de sua obra.

Sua obra mais reconhecida foi revitalizada quando Tom Cruise e Brian de Palma trouxeram para o cinema em 1996, a adaptação da série de espionagem, Missão: Impossível. A trilha vem sendo usado em todos os filmes da franquia criada para o cinema com Missão: Impossível.

Uma trilha memorável para um autor que vai deixar saudades musicalmente.