Bienal do Livro 2022 bate recorde de Público!
Cerca de 660 mil pessoas visitaram os 9 dias o evento mais importante da indústria de publicações, consagrando-se como uma edição histórica.
Todo mundo sai melhor do que entrou, foi o slogan utilizado
pela Câmara Brasileira do Livro para chamar a atenção do publico em geral sobre
a realização da 26ª Edição da Bienal do Livro de São Paulo, que aconteceu entre
os dias 2 e 10 de julho no Expo Center Norte. Basta olha os números básicos
para entender o motivo da comemoração: a Bienal do Livro foi visitada por 660
mil pessoal, com um tíquete médio de R$226,94, e cada pessoa comprou pelo menos
7 livros(Veja Tabela Abaixo).
Vitor Tavares, presidente da Câmara Brasileira do Livro
(CBL), realizadora do evento, frisa o acerto da campanha publicitária: “Todo
mundo sai melhor do que entrou”. A chamada convida os participantes a atestarem
o poder transformador do livro e o evento como polo de encontro com o saber. “A
melhor campanha de todos os tempos, que traduz o objetivo de posicionar o livro
como protagonista da mudança de cada leitor”, avalia ele ao completar “outra
importante conquista é identificar o quanto a Bienal cumpre o papel de difusor
de negócios e relacionamento para os players do setor”.
A realização dessa BNienal do Livro e seus resultados ficarão
na memória de São Paulo. Ela levou, como ressalta a organização do evento, ávidos
leitores por novidades, após quatro anos de isolamento social, junto com
o otimismo sobre o futuro do mercado editorial.
Com um dia a menos para a sua realização – no período de 2 a
10 de julho -, a expectativa em torno da versão 2022 da Bienal estimulou a
venda antecipada de ingressos da ordem de 90% e atraiu 660 mil visitantes, 10%
superior ao público da edição de 2018. Segundo ainda pesquisa realizada durante
o evento pelo Observatório do Turismo, da São Paulo Turismo (SPturis), o
ticket-médio foi de R$ 226,94: um aumento de 40% comparado a 2018.
O esforço pela democratização do acesso ao livro foi
confirmado pelo resultado de ações como cashback (no valor pago pelo ingresso)
e vale-livro (voucher individual de R$ 60, distribuído a alunos e educadores da
rede paulistana de ensino), destinados à aquisição de livros direto com as
editoras, no valor de R$ 7,2 milhões, durante os nove dias da Bienal. E não faltou
a diversidade em gêneros literários, para todos os gostos e bolsos, conferidos
num conjunto de 300 autores nacionais e 30 internacionais.
E a demanda aferida pela Bienal, de 7 livros por pessoa,
dimensiona o poder de compra do visitante e disposição para adquirir os livros
direto no caixa do expositor. O conceito de livraria como ponto de encontro dos
amantes dos livros, local apropriado para vivenciar a experiência com as obras
e adquirir exemplares foi reforçado no evento. Do layout ao atendimento,
passando pelos atrativos criados por cada expositor, os estandes se tornaram
espaço de convivência e grande biblioteca de consulta aos títulos ofertados. Ao
todo 182 expositores, que disponibilizaram cerca de 500 selos editoriais, numa
prateleira completa e diversificada em gêneros literários, somando 3 milhões de
livros.
A nova casa – o Expo Center Norte – recebeu a aprovação de
69,3% e índice de satisfação dos expositores se situou em 87%, que supera em
25% o grau de aceitação plena da edição de 2018.
Com esses resultados, a Bienal de São Paulo 2022, entra na
rota das grandes feiras literárias internacionais. A aproximação com Portugal –
convidado de honra – marcou as comemorações do Bicentenário da Independência do
Brasil mas também estreitou os laços e abriu caminho para novos acordos
bilaterais no segmento editorial.
Principais números da 26ª Bienal Internacional do Livro de
São Paulo
Público visitante |
660 mil |
Ticket médio |
R$ 226,94 |
Compra online de ingressos |
90% dos ingressos |
Ações de incentivo vale-livro e cashback |
R$ 7,2 milhões |
Quantidade de livros |
3 milhões |
Média de livros adquiridos |
7 por pessoa |
Selos editoriais |
Cerca de 500 |
Área ocupada total |
65 mil metros quadrados |
Expositores |
182 expositores |
Espaços culturais |
09 |
Horas de programação |
1500 |
Autores nacionais |
300 |
Autores internacionais |
30 |
Visitação escolar |
60 mil |
Expositores: resultados e perspectivas
Com vendas muito acima das expectativas, a HarperCollins
Brasil superou metas ao vender 253% em livros nesta edição da Bienal. A
editora disponibilizou no evento um total de 883 títulos: os que largaram na
frente no sucesso de público no evento estão: “Casal imperfeito: retratos de um
casamento aperfeiçoado em Deus” (Fernanda Witvytzky); “O dia que a árvore do
meu quintal falou comigo” (Paulo Vieira); “Um salto para o amor” (Aione
Simões); “Os 8 disfarces de Otto” (Lola Salgado); “O beijo do rio e Homens
pretos (não) choram” (Stefano Volp); “Telefone preto e outras histórias” (Joe
Hill) e “Cristianismo puro e simples” (C. S. Lewis), além dos títulos de
Tolkien e Agatha Christie. “Nessa edição da Bienal pudemos observar um enorme
fluxo de jovens procurando por livros, dos mais diferentes autores e vozes, o
que passa um cenário de muito otimismo quanto ao mercado literário na retomada
das feiras”, sintetiza Leonora Monnerat, diretora executiva da HarperCollins
Brasil
As Edições Sesc registraram 40% de aumento no
conjunto de livros. Entre os títulos que figuraram no top list do estande estão
as seguintes obras: “Abecedário de personagens do folclore brasileiro”, de
Januária Cristina Alves; “Tom Zé: o último tropicalista”, de Pietro Scaramuzzo
e “Tarsila do Amaral: a modernista”, de Nádia Battella Gotlib.
Em relação à edição que ocorreu em 2018, a Edições
Loyola contabilizou crescimento médio de 30%. Foram 3 mil títulos, sendo
45 exemplares de cada um. Entre os que lideraram a demanda no estande do
expositor estão: “Cabeça Fria, coração quente” (Abel Ferreira) e
HeartStopper. “Foi uma ótima experiência. Com certeza ficará conhecido como a
Bienal das Bienais. Com certeza que iremos voltar. Para nós, via ficar
conhecida como a Bienal das Bienais”, declarou Raphael Bispo, diretor comercial
da Editora Loyolla.
“Essa foi uma Bienal para entrar na história. Tivemos o
melhor faturamento desde quando começamos a participar da Bienal do Livro”,
acentua Heloíza Daou, diretora de Marketing da Editora Intrínseca. Os
números do expositor impressionam e indicam, segundo a editora, demanda
reprimida por conta da pandemia: 150% a mais no montante faturado e 45% a mais
no volume de livros vendidos, em comparação com 2018. A média 9 livros
vendidos por minuto (58 mil no total) estabelece um recorde para a participação
da editora. Entre os gêneros mais procurados no estande da empresa estão os de
suspense e do universo true crime, além de títulos que ganham adaptação para o
audiovisual (cinema e plataformas de streaming). O TikTok foi um propulsor nas
vendas, a exemplo do sucesso de Os dos morrem no final, de Adam Silvera, e
Viúva de ferro, de Xiran Jay Zhao. Entre os campeões de vendas estão: Manual de
assassinato, Os dois morrem no final, Modus operandi e o best seller Amor &
Gelato.
O melhor resultado da história. Assim, a Rocco Editora classifica
o crescimento de 185% nas vendas durante a Bienal, no comparativo com a edição
anterior do evento. A editora apresentou 350 títulos para um público que
respondeu à oferta de obras de seu portfólio editorial: Mulheres que
Correm com Lobos (Clarissa Pinkola Estés); Rádio Silêncio (Alice Oseman);
Box Harry Potter (J.K. Rowling); A Cantiga dos Pássaros e das Sepentes (Suzanne
Collins); Filhos de Sangue e Osso (Tomi Adeyemi). Bruno Zolotar - diretor
comercial e de marketing da Rocco concorda que a Bienal é “sem dúvida, um dos
mais maiores e mais importantes eventos do mercado editorial, voltado à
interação entre editoras, escritores e leitores”. Ele reitera que, entre outros
destaques, por se tratar da casa de Harry Potter, a editora tem uma
ligação muito próxima e lúdica com seu público e que retornará sempre às
edições da feira.
Pela primeira vez como expositora na Bienal do Livro,
a Literare Books International trouxe 250 títulos e vendeu, em média,
800 exemplares por dia - uma expectativa de 110% acima do esperado.
Maurício Sita, presidente da companhia, encerra o evento com a sensação de
missão cumprida. “Mesmo sendo nossa primeira Bienal, este é o melhor evento que
já participamos [em termos de faturamento], desde nossa fundação, há 25 anos”
Com certeza voltaremos na próxima edição”, ressalta.
Outra estreante no evento, a Editora Mostarda vendeu
4 mil livros, o dobro da previsão inicial de 2 mil. Com a certeza que de
que repetirá a experiência, Pedro Mezette, Publisher da editora, diz que “ficou
claro que demos o primeiro passo para a caminhada ao participar da Bienal”. Os
livros mais vendidos no estande foram: “Jardim de Marielle” (Majori Silva);
Menina Sonhadoras, Mulheres Cientistas (Flávia Martins de Carvalho), ambos
dirigidos ao público infantil.
De seu estande, o Grupo Editorial Global emitiu o
balanço de 100% a mais de livros comercializados sobre o saldo de 2018. Entre
as obras mais destacadas estão: Flores de Alvenaria; Literatura, Pão e
Poesia e Colecionador de Pedras, de Sérgio Vaz. Além de O Povo Brasileiro
Edição Comemorativa Darcy Ribeiro e Ou Isto Ou Aquilo, Cecília Meireles,
entre outros. “O curioso dessa relação é que as vendas iniciais se concentraram
em títulos como O Povo Brasileiro, seguido por Casa Grande & Senzala.
Para a editora Globo, o motivo também é de celebração. As
vendas foram quatro vezes maior que em 2018 - e já há planos para voltar em
2024. Os livros mais vendidos foram:”Battle Royale”, “Você ligou para o Sam” e
“Escravidão 3”. Na interpretação de Mauro Palermo, diretor da editora, foram
acertadas a data, estrutura e organização do evento.
Em números, a Ciranda Cultural – um dos maiores
espaços com 3 estandes na Bienal - foram mais de 4 mil títulos em exposição
para o público que, ao final das vendas, rendeu R$ 1,3 milhão. Entre as obras
mais vendidas os destaques são: “1984”; “Coisas que guardei para mim” e “Varal
das Letras”. Jonatha Jacinto, responsável pela editora na Bienal, considera que
esta edição do evento “foi a melhor de todas as demais, com curadoria impecável
e dias surpreendentes no estande”. O representante da Ciranda assegurou que a
empresa marcará presença nas próximas edições.
No Espaço Cordel e Repente, a venda de exemplares também foi
positiva: 18.900 córdeis e 6.500 livros vendidos.
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