A saga de Babylon 5 na HBO Max
Uma das grandes séries de ficção-científica dos anos 90 volta à telinha mostrando um cenário onde a diplomacia galáctica é mais complicada do que a do nosso planeta.
“Era o alvorecer da Terceira Era da Humanidade, dez anos
após a Guerra Terra-Mimbari. O Projeto Babylon era um sonho que tomou forma.
Seu objetivo: prevenir outra guerra, criando um lugar onde humanos e
alienígenas poderiam resolver suas diferenças; É um porto de escala, o lar
longe de casa para diplomatas, negociantes, empreendedores e viajantes. Humanos
e Alienígenas em um carrossel de 2,5 mil toneladas de metal, sozinhos na noite,
É um lugar perigoso mas é nossa ultima e melhor esperança de paz.
Esta é a história da última das estações Babylon. O ano é
2258. O Nome do lugar é Babylon 5!”
Com essa abertura, entrava no ar em janeiro de 1994 no Prime
Time Enternaiment Network, também conhecido como PTEN, o primeiro episódio da
série Babylon 5. A série, cujo piloto havia sido exibido um ano antes, era uma das
principais produções para alimentar o novo canal, uma joint-venture entre a
Warner Bros e a Cris-Craft Industries, numa programação composta da nova série
Kung Fu, Pointman e Time Trax, todas produzidas pela Warner Bros Television.
Babylon 5 é uma criação de J. Michael Straczynski,
roteirista que começou sua carreira escrevendo para série animadas como He-Man
(1984) e She-Ra (1985), Os Caça-Fantasmas (1986). Passou a escrever para a
série policial Jake & McCabe (1987) e Assassinato por Escrito (1991). Foi
quando conseguiu apresentar sua ideia para a nova emissora de TV, a PTEN.
Segundo o próprio Straczynski, sua fonte de inspiração para
criar Babylon 6 foi a premiada série Chumbo Grosso, de Steve Bochco lançada em
1981. Nela, não existia um personagem que conduzia a ação do episódio, mas
vários personagens importantes que tinham histórias importante para contar.
Com essa dinâmica, o produtor colocou num canto distante da
galáxia a estação Babylon 5, o último dos portos espaciais com quase oito
quilometro de extensão, um território neutro para o universo. Lá, circulavam as
mais diferentes raças alienígenas, convivendo com os humanos que ajudaram a criar
essas estações.
E mais: cada temporada mostrava uma fase diferente da vida
dentro de Babylon 5 e as repercussões externas. No primeiro ano, o comandante
Jeffrey Sinclair (Michael O’Hare) lidava com casos envolvendo contrabando, antagonismo
entre raças guerreiras e entidades místicas. É nessa temporada que é explicada
como a Terra, em vias de perder a guerra contra os Mimbaris, uma raça muito
mais poderosa que a terrestre, acabou aceitando a rendição de seus oponentes.
A partir da segunda temporada, J. Michael Straczynski assume
o comando dos roteiros escrevendo 92 dos 110 episódios que durou a série. Sai o
comandante Sinclair e entra o capitão John Sheridan, feito por Bruce
Boxleitner, que vai ter um papel decisivo em vários momentos da história de B5.
A partir da segunda temporada, surge a guerra contra as
Sombras, outra raça guerreira impiedosa, entra em cena a PsiCorp, uma unidade
de humanos com capacidades psíquicas fora do normal, que estão do lado do
presidente da Terra num golpe de estado. E finalmente o último ano da estação
com alguns dos episódios memoráveis como A View from the Gallery, The Day of
the Deads, e The Corps is Mother, The Corps is Father.
Todas as cinco temporadas de Babylon 5 estão disponíveis no
canal HBO Max e com a novidade de que ela está totalmente dublada em português.
Quando a série estava no Warner Channel, ela foi exibida apenas com legenda. O
piloto foi lançada em 1993 em VHS pela Warner Home Video que, com a chegada do
DVD, não lançou a série no formato digital.
Agora fãs poderão rever a série, que foi restaurada, mas seu
formato original (4X3) foi mantido para evitar o que muitos estúdios vêm
fazendo com séries feitas antes dos televisores entrarem no formato 16 X 9 (widescreen),
de adaptar a imagem para o formato atual. E entender por que o texto de abertura da
série muda a cada nova temporada.
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