Quando tentaram cancelar James Gunn, ele havia emplacado dois grandes sucessos para a Marvel: Os Volumes 1 e 2 de Guardiões das Galáxias. A ideia era mostrar que o passado de Gunn, que dirigiu o bizarro Tromeu e Juliet, em 1996, para o estúdio de bizarrices cinematográficas chamada Tromma Films, não caberia numa Disney politicamente correta do século 21.

“Demitido” do Universo Marvel, a Warner Bros não pensou duas vezes em contratá-lo para dirigir o grupo de personagens mais violentos e alucinados da DC Comics, o Esquadrão Suicida (2021). O filme não foi um sucesso comercial, mas abriu as portas que ele cometesse a série do Pacificador, outro personagem da DC questionável moralmente. A série, estrelada por John Sena, foi um sucesso no canal streaming HBO Max, e sedimentou a ideia de que James Gunn deveria continuar fazendo filmes sobre os personagens da DC Comics.

Como a Disney percebeu que deu ouvidos a idiotas, Gunn voltou ao estúdio do camundongo Mickey para realizar o terceiro e memorável volume de Guardiões da Galáxia, em 2023. Outro sucesso e a despedida de Gunn da Marvel, que logo em seguida não apenas, abraçou a DC, como foi colocado como o diretor responsável de todo o conteúdo relacionado para Cinema e TV com os personagens do lendário estúdio de quadrinhos.

Um de seus primeiros trabalhos, além de dirigir uma nova versão do Homem de Aço, que chega em julho de 2025 aos cinemas, é a série animada Comando das Criaturas, baseados quadrinhos da DC onde são reunidos o Monstro de Frankenstein, Sua Noiva, o Dr. Fósforo, uma criatura mutante parecida como uma doninha com raiva, um robô construído para combater nazistas sem moralidade, e uma criatura que pode ser ou não a filha do Monstro da Lagoa Negra.

Todos esses personagens nasceram em 2000, quando Tim Truman (Roteirista) e Scot Eaton (arte), fizeram as primeiras oito revistas com o Comando das Criaturas. A grande diferença dessa série animada de outras do Universo DC feitas pela Warner Animation, é a violência gráfica e o sexo, dois itens que nunca estão muito presentes nas animações da DC.

É claro que a versão animada de A Piada Mortal tem um encontro mais do que íntimo entre Batman e Barbara Gordon. Mas isso é outra história.

A violência gráfica está presente na série do Pacificador e no Esquadrão Suicida. Em Comando das Criaturas, as cenas onde o vermelho está presente, são intensas, como no desenho animado da Netflix, O Samurai de Olhos Azuis. O que chamou a atenção do público e, claro, da crítica especializada, foram as intensas cenas de sexo, particularmente no episódio dois. Nele, não apenas vemos a noiva do monstro, copulando com seu criador, como o comandante dos Comandos, Rick Flag, se entregando a uma noite de paixão com uma princesa marcada para morrer.

O fato é que, independente da temperatura dos episódios, a série conquistou seu espaço e a Warner Bros, deu sinal verde para uma segunda temporada. A primeira tem apenas sete episódios, sendo exibidos um por semana. Comando das Criaturas termina sua avassaladora primeira temporada em 9 de janeiro de 2025.