Toda série, com raras exceções, tem uma boa ideia para ser desenvolvida. O problema é que nem sempre esse desenvolvimento atrai o público em geral, fazendo com que a audiência vá baixando e caindo. E aí, se não houver uma mudança de curso, a produção provavelmente vai a pique, ou seja, é cancelada.

Foi o que aconteceu com Sonny, lançada esse ano pela AppleTV+. Ela acompanha o desespero de Suzie, interpretada por Rashida Jones (Parks and Recriation), uma americana que mora no Japão, arrasada com a notícia que seu marido (Hidetoshi Nishijima) e filho (Fares Belkheir), desapareceram num acidente de avião.

No meio dessa tragédia, a empresa de robótica onde o marido trabalha, envia para Suzy, o robô-acompanhante Sunny, para ajudar no lado emocional. Suzy e Sunny acabam estabelecendo um leve vínculo emocional, enquanto Suzie busca a verdade sobre o que realmente aconteceu com sua família.

O que poderia ser uma ideia interessante de história sobre robôs e suas relações com humanos, passa a ser uma conspiração com laços com o crime organizado, que parece não ter relação com o drama familiar. Esse desvio de rota, não ajudou em nada em manter o público para saber o desenlace da trama que, quando acontece, não alivia a tensão acumulada em dez episódios.